Moção que apoia afastamento de Dilma da presidência gera discussão no plenário

 

A discussão da moção apresentada na Câmara apoiando o Movimento Pró-Impeachment, que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff do Governo, foi acompanhada de críticas à gestão petista e de comparações com governos anteriores. De um lado, o vereador que propôs a moção, Rodrigo Fagnani “Popó” (PSDB), disse que as dificuldades enfrentadas pela população brasileira “é reflexo de um governo federal corrupto e mentiroso”. De outro, o vereador Léo Godói (PT) usou dados para afirmar que “os partidos que apoiam o impeachment são os que mais tiveram deputados cassados”.

 

Para o vereador Popó, o afastamento da presidente é necessário diante do que chama de “desgovernos e desmandos que o País está vivendo”. Ele ponderou que não se pode generalizar sobre a conduta dos políticos do PT, mas que os honestos “são minoria”. “As pessoas de bem estão de fora do governo”, completou.

 

O vereador Léo Godói disse acreditar que o debate é político e “não agrega em nada”. “Não vou defender coisas erradas de nenhum partido (...) O movimento [Pró-Impeachment] é suprapartidário, mas de suprapartidário não tem nada”, afirmou.

 

O vereador dr. Moysés Abujadi (PSD) também discutiu o assunto e defendeu uma “reorganização do sistema”. “Esse governo que está aí é responsável pela administração. Realmente, gastou-se mais do que se tinha de dinheiro. A situação é instável”, destacou.

 

O movimento parlamentar pró-impeachment é liderado pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e pressiona o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele aceite um dos processos protocolados que pedem o afastamento da presidente, em especial o do jurista Hélio Bicudo.

 

A moção apresentada na Câmara foi aprovada com um voto contrário do vereador Léo Godói.