O secretário de Segurança Pública e Cidadania, Coronel Carlos Roberto Prestes, prestou contas das ações de sua secretaria na noite desta quarta-feira (27), na Câmara. Na ocasião, ele respondeu a questionamentos formulados pelos vereadores e por munícipes que acompanharam a reunião presencialmente ou por meio da TV Câmara e redes sociais. A prestação de contas é uma iniciativa da presidente do Legislativo, vereadora Dalva Berto (MDB), e tem o objetivo de lavar conhecimento à população, abrindo espaço para dúvidas, sugestões e criticas.
Essa foi a quarta prestação de contas do Executivo na Câmara. Já foram ouvidos os secretários da Educação, Zeno Ruedell; da Saúde, Nilton Tordin; da Fazenda, Maria Luisa Denadai; e do Planejamento e Meio Ambiente, Maria Silvia Previtale.
Durante a explanação do secretário de Segurança Pública, ele exibiu números e dados sobre a Guarda Civil Municipal, Defesa Civil e Junta do Serviço Militar, que estão subordinados à pasta. Também foram informadas sobre as ações em andamento na cidade. A capitão Lucimara Godoy Vilas Boas, da Polícia Militar; a delegada Ruth Daniel de Souza, da Polícia Civil; e José Luís Violante, do Conselho de Segurança, acompanharam a reunião.
Veja abaixo as principais perguntas e respostas:
A secretaria trabalha em cima de estatísticas? Se sim, é possível informar os bairros com maior índice de criminalidade? Por que sempre há mais viaturas em um bairro e em outros não?
A secretaria trabalha de maneira integrada em cima de dados estatísticos que vêm dos boletins de ocorrência. A PM identifica os locais com mais delitos e, na semana seguinte, nós intensificamos a atuação nessas áreas. A segurança está sempre presente.
As câmeras de monitoramento estão funcionando? Há parcerias com a iniciativa privada para aumentar o número de equipamentos?
Temos câmeras pela cidade e já há uma licitação em andamento para que possamos ampliar o número de equipamentos que temos hoje. Existe a ideia de uma parceria público-privada para que possamos colocar algumas das imagens no nosso sistema. Isso facilita, mas não significa que um guarda vai ficar olhando o portão de uma fábrica o tempo todo. Quando o 153 toma conhecimento de uma ocorrência, as câmeras serão rapidamente acionadas e colocadas no painel.
Quantas viaturas da Guarda trabalham à noite?
Alguns dados são sigilosos para preservarmos o pessoal que está trabalhando. Podemos afirmar que durante 24 horas por dia há viaturas rodando pela cidade. Quando digo nós, não digo só a Guarda, mas todo sistema integrado de segurança.
É possível fazer algo mais ostensivo na região da Reforma Agrária?
Temos uma proximidade muito grande com a área de Campinas. Os criminosos de lá passam pra cá, pela facilidade. Se a gente não registrar um boletim de ocorrência, não se torna estatística. Mesmo assim, fizemos uma ação especial na área e conseguimos reduzir e muito os delitos que lá aconteciam. Eles são cíclicos: começam, crescem, são retirados de circulação e param por um tempinho. Daqui a pouco voltam novamente. E isso acontece em todos os lugares. Fizemos diversas operações lá e ainda estamos trabalhando em horários específicos onde tem maior incidência de delitos.
Por que a ronda escolar não está sendo feita?
A ronda escolar está sendo feita. Temos viaturas rodando pela cidade, tanto da Guarda quanto da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Hoje, há menos guardas nas travessias escolares. Como o senhor explica essa situação?
Continuamos presentes nas escolas. Temos 42 escolas aqui no município. Todas elas não podem ser atendidas ao mesmo tempo. Hoje nós atendemos as que têm mais necessidade, mas não deixamos de acompanhar as demais.
A base da Guarda Municipal é uma área de segurança pública? Se sim, por que os reeducandos estão trabalhando no seu interior, sendo que a própria guarda efetuou e continua efetuando prisões dos reeducandos, encontrando drogas, celulares e etc.? Isso não interfere na segurança do próprio guarda, já que nessa base é guardado todo o material balístico da GCM e toda a sua documentação?
A base é uma área de segurança pública, e ela é tão segura que eu tenho certeza de que eu posso deixar os reeducandos lá dentro. Os reeducandos estão sendo ressocializados. Nós temos que dar a oportunidade ao homem que vai ao sistema prisional de retornar à sociedade, trabalhar e conviver com as pessoas. Há uma série de legislações que amparam a presença deles no município. Valinhos está ganhando com isso. Eles recebem e estão fazendo um serviço belíssimo na cidade. A cidade mudou, os ares são diferentes. Quanto à segurança, a Guarda, a Polícia Militar e a Polícia Civil estão de olho.
Há possibilidade de a Guarda acompanhar enquanto os reeducandos eventualmente trabalham em unidades escolares?
A Guarda não tem que ficar dentro da escola. Ela auxilia na travessia e no patrulhamento ostensivo e preventivo. Por mais guardas que a gente tivesse, seria uma atitude pouco sensata deixar um guarda em cada escola e deixar os bairros desguarnecidos. Os reeducados estão sendo ressocializados, e tem gente acompanhando. Qualquer um que observar qualquer problema, é só ligar para o 153 ou 190.
Como a Guarda Municipal age quando acionada em casos de violência doméstica? Os guardas têm treinamento específico para essas situações?
Há sim um treinamento todo ano. Diversos aspectos são detalhados nesses treinamentos para que o guarda desenvolva o bem. Ele revê coisas de trânsito, direito da família, Lei Maria da Penha. A Guarda está preparada para isso.
A Guarda Ambiental Municipal já recebeu viatura nova? A que eles estão usando está muito velha, deteriorada.
A aquisição e locação de viaturas estão em processo licitatório. Quando ele for finalizado, vamos ter condições de passar à Guarda Ambiental novas viaturas para que eles possam trabalhar.