Festas irregulares em chácaras são alvos de reclamação de vereadores

 

As festas irregulares que ocorrem em chácaras do município, em bairros como o Joapiranga, foram alvos de reclamações dos vereadores Henrique Conti (PV) e Edson Secafim (PP) na sessão desta terça-feira (23). Um requerimento aprovado na sessão pede informações da Prefeitura sobre a realização dessas festas e questiona as ocorrências registradas pela Guarda Municipal com relação à perturbação do sossego público.

 

Aproveitando a presença do delegado de polícia Sandro Jonasson, que foi até a Câmara receber um voto de congratulações pelo sucesso de operações realizadas na cidade, o vereador Edson Secafim informou que no último fim de semana foi possível barrar, com o apoio da polícia, uma festa que seria realizada no Joapiranga. Segundo ele, a situação dos moradores do bairro está insuportável devido ao excesso de barulho. “É algo deprimente, desesperador”, resumiu. 

 

Secafim disse que ao ter conhecimento dessa festa, entrou em contato com a Guarda Municipal e a Polícia Civil para que fosse verificado se o evento tinha alvará de funcionamento e aprovação do Corpo de Bombeiros. Ele afirmou que há investigações sobre o uso de entorpecentes nessas festas e que é preciso fiscalizar para evitar tragédias, como a morte do jovem Pedro Pinto de Paula Neto, em 2015, que foi encontrado sem vida após participar de uma festa “rave” em Valinhos.  “Ao término dessa festa, os jovens ficam abandonados na rua, sem saber o rumo de casa”, afirmou.

 

O vereador Henrique Conti (PV) também discutiu o assunto e disse que é necessária uma ação conjunta da Guarda Municipal, Polícia e moradores para que essas festas não causem tanto problema como vem causando. Ele informou ainda que o trabalho feito agora é de monitoramento. “A Polícia e a Guarda já têm conhecimento das chácaras onde são realizadas essas festas (...) O trabalho que a Polícia Civil vem fazendo é de monitoramento através do Facebook”, disse.

 

Conti também afirmou que a maneira de evitar essas festas é exigir o alvará de funcionamento.  “Esse tipo de festa precisa de alvará. Já tentamos por diversas vezes fazer lei para coibir essa ação, mas não tem como, porque já existe lei, e ela exige alvará de funcionamento”, explicou.

 

O requerimento com o pedido de informações sobre a realização de festas em chácaras da cidade foi encaminhado à Prefeitura.