Um requerimento apresentado pelos vereadores Giba (PDT) e Israel Scupenaro (PMDB), na sessão de terça-feira (16/6), pede informações da Prefeitura sobre a morte de duas crianças que passaram por atendimento médico na UPA – Unidade de Pronto Atendimento – e no hospital Santa Casa. O documento foi discutido em plenário.
No requerimento, os vereadores querem saber quais providências foram tomadas para averiguar as ocorrências. Eles citam matérias publicadas em jornais do município em que os familiares de uma menina de 9 anos e de uma menina de 15 anos pedem explicações e apuração por parte das autoridades. De acordo com o documento apresentado em plenário, até agora as famílias não têm um diagnóstico preciso da causa das mortes.
Giba e Scupenaro perguntam se foi aberta sindicância para apurar os casos e se os Conselhos de Ética Médica da Santa Casa e da UPA foram notificados. Eles questionam ainda se a Prefeitura tem fiscalizado a Santa Casa quanto ao cumprimento do contrato celebrado entre as partes para atendimento médico.
Em discurso, o vereador Lorival Messias (PROS) afirmou que os casos precisam ser investigados com responsabilidade e compromisso. “Infelizmente, tem casos que não dá para resolver (...) Se há erro médico, tem que punir”, defendeu.
O vereador Henrique Conti (PV) também subiu à tribuna e destacou que a saúde pública de Valinhos é fiscalizada pelos vereadores. “Na outra gestão teve problemas, nessa também”, resumiu. Conti acrescentou ainda que é preciso cobrar uma atuação efetiva dos médicos para evitar que novos casos ocorram.
Para o vereador dr. Orestes Previtale (PMDB), não se pode culpar apenas os médicos. “Quando o exército vai mal, não adianta culpar o soldado. Há uma cadeia hierárquica (...) Não podemos ter uma visão reducionista”, discursou.
O requerimento pedindo informações da Prefeitura sobre as mortes das duas meninas foi aprovado e encaminhado ao Poder Executivo.