Segundo Clayton, as famílias habitam casebres de madeira e alvenaria, que estão deteriorados há mais de 50 anos, sem as mínimas condições de habitação. “Verifica-se nesses casebres infiltrações, rachaduras, alto índice de umidade e completo comprometimento estrutural, comprometendo totalmente a vida de seus moradores”, disse.
De acordo com relatos de moradores a Prefeitura proíbe qualquer obra de melhoria ou reforma, como forma de desmotivar a permanência dos moradores no local. A situação fica ainda mais grave com a inexistência de abastecimento de água e a única fonte de abastecimento, segundo os moradores, é um poço, do tipo “caipira” que está desmoronando e a água obtida dele está altamente contaminada com cloriformes fecais, larvas de dengue, além de apresentar uma coloração barrenta e odor desagradável. A água não é boa para o consumo e os moradores conseguem água potável junto à uma torneira na quadra de esporte próxima ao local”, explica Clayton em seu requerimento.
O vereador quer saber se de fato a área habitada pertence a Prefeitura e, caso positivo, se existe algum projeto para retirada dessas famílias do local ou uma outra solução de ocupação da própria área com a devida infraestrutura.
Ainda segundo Clayton, apesar da área pertencer ao Poder Público, o descaso e o desleixo é evidente, pois não há sequer nenhum tipo de manutenção no local onde há acúmulo de lixo e dejetos desovados por populares inclusive pela própria Prefeitura. “Essa situação de abandono tem propiciado a proliferação de insetos, animais peçonhentos e ratos que entram e deixam fezes em todas as casas”, relata.
A falta de energia elétrica é outro problema que os moradores enfrentam. As casas não possuem postes individualizados do tipo padrão recomendados pela CPFL. “A energia elétrica das residências é obtida de um único relógio disponibilizado há mais de trezentos metros, o que causa a sobrecarga e o consumo excessivo de energia, além do superaquecimento da fiação, queima de lâmpadas e eletrodoméstico e o risco de incêndio”, disse.
Clayton quer saber se, até a solução definitiva do problema que se arrasta por mais de trinta anos, a Prefeitura não poderia disponibilizar imediatamente rede de água potável individualizada para cada residência. Além disso, também pede a manutenção das ruas de acesso ao local, corte do mato a retirada do lixo e entulhos. “É uma situação lamentável e sub-humana a qual essas famílias estão submetidas e é evidente que elas precisam de acompanhamento da área social”, finaliza.