A Câmara deu início nesta quinta-feira, 7, ao Fórum Valinhos 2030, iniciativa que busca unir autoridades e organizações da sociedade civil em temas que vão impactar o futuro da cidade pelos próximos anos. A discussão começou pelos desafios da sustentabilidade urbana e contou com a presença de representantes do Poder Executivo, vereadores, comunidade acadêmica e profissionais renomados como o professor Ernesto Paulella e o engenheiro sanitarista Alexandre Gonçalves. Em breve, deve ser anunciada a próxima edição do Fórum.
Cerca de 130 pessoas compareceram ao plenário Ulysses Guimarães para entender os desafios que precisam ser enfrentados para desenhar a Valinhos que queremos para 2030.
Para o professor Ernesto Paulella, a urbanização trouxe desafios, como a geração de lixo e a escassez de água. Em sua apresentação, ele afirmou que caberá ao século XXI consertar tudo o que foi feito no século XX. Ao falar com a TV Câmara, ele defendeu uma conscientização maior da população e vontade política. “Em primeiro lugar, a conscientização. Em segundo lugar, a vontade política de fazer. Esse evento de hoje é um divisor de águas para poder discutir os problemas da sustentabilidade urbana e buscar soluções através do Plano diretor da cidade, que está sendo discutido agora. Não existe mágica, existem ações. E essas ações são a receita do bolo”, disse.
A prefeita Capitã Lucimara, ao ser questionada sobre as diretrizes do Plano Diretor de Valinhos, que está em processo de revisão, disse que iniciativas como o fórum são importantes para traçar objetivos e abrir discussões. “O Plano Diretor está totalmente pautado nos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU (...) Discussões dessa natureza são, sem dúvida, enriquecedoras”, afirmou.
O público que acompanhou o fórum conheceu a Usina Verde Sustentável, que é a primeira usina de compostagem pública do País, localizada em Campinas. O projeto, apresentado pelo engenheiro Alexandre Gonçalves, transforma resíduos em produtos. Além de gerar economia aos cofres públicos, diminuindo o custo para deposição de resíduos em aterros, a usina contribui para a qualidade do meio ambiente. “A sustentabilidade não pode se apoiar só no aspecto ambiental. Ela tem que se apoiar no pilar jurídico e, principalmente, no financeiro. Com esse projeto, a gente tem uma economia e uma receita acessória com a venda do composto”, explicou Alexandre.
Cinco vereadores acompanharam a discussão do fórum e elogiaram a iniciativa: André Amaral (PSD), Cris Briani (PT), Henrique Conti (PTB), Mayr (Podemos) e Tunico (PTB).
O presidente da Câmara, vereador Franklin (PSDB), fez um balanço positivo do fórum “Saio daqui satisfeito, com a missão cumprida e os objetivos alcançados. Foi muito bonito ver esse plenário lotado com pessoas influentes em nossa cidade (...) Conseguimos unir poder público, sociedade civil organizada e a academia para discutir assuntos que vão nos ajudar a responder que Valinhos queremos para o futuro (...) As ações que fazemos que refletirão em um futuro melhor e promissor para as futuras gerações”, finalizou.
Parceria com a Unicamp
O Fórum Valinhos 2030 conta com parceria da Unicamp, uma das principais universidades públicas do País. Roberto Donato esteve no evento, representando a reitoria da universidade. “A Unicamp vem construindo uma prioridade nas ações de sustentabilidade, seja no aspecto do ensino, da pesquisa e da extensão, mas também da própria gestão acadêmica. Dentro desse aspecto, buscamos um contato com cidades da região. Nosso maior produto em relação a isso é o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, que pretende integrar o campus da Unicamp com o entorno da cidade de Campinas”, explicou.
Além da Unicamp, o evento também tem o apoio da Faculdade Anhanguera de Valinhos.