Foi aprovado na sessão desta terça-feira (16) projeto de lei da prefeita Capitã Lucimara (PSD), que pediu autorização dos vereadores para abrir um crédito adicional suplementar no orçamento do Departamento de Águas e Esgotos no valor de até R$ 2 milhões. De acordo com o texto, parte do valor será usado no contrato com a Sanasa de Campinas para fornecimento de água para Valinhos.
O projeto foi aprovado por unanimidade, mas recebeu crítica de vereadores. Alécio Cau (PDT) destacou a falta de informações mais detalhadas no projeto, como o valor que o município deverá pagar pela água de Campinas. “É claro que o DAEV e a Prefeitura já devem ter essa informação, mas não nos passaram. Isso é grave. Até porque temos uma lei que diz que esses projetos de suplementação têm que vir com um explicativo bem melhor. Entendendo a necessidade da população, principalmente dos bairros mais afetados com o rodízio de água, eu votarei favorável, mas vou ficar em cima”, avisou.
O vereador Gabriel Bueno (MDB) disse que o projeto deixa os vereadores em uma saia justa. “Queremos saber se o que está suplementando será para resolver essa situação momentânea. O valor será para fornecer quantos mil litros de água? Qual o custo? Estamos pagando o valor de mercado? O dobro? O triplo? É um projeto que, como os outros que já vieram, nos deixa de saia justa”, criticou.
Crise hídrica
Durante a discussão do projeto, os vereadores ressaltaram que a compra de água da Sanasa para ajudar Valinhos a enfrentar a crise hídrica é uma solução paliativa e emergencial. Para o vereador Mayr (Podemos), o problema de Valinhos só será resolvido, de fato, quando a cidade tiver uma nova adutora para captação de água do Rio Atibaia. “Não podemos parar com o rodízio. Ele só pode parar quando a obra do Rio Atibaia estiver pronta. Existem estudos que dizem que a estiagem de 2022 será igual ou pior a essa, então vamos ter problema”, alertou.
O vareador Henrique Conti (PTB) pontuou a necessidade de novos reservatórios de água na cidade. “Nós votamos a favor, devido à situação de crise hídrica que permanece, mas essa não pode ser a solução definitiva”, discursou.
O vereador André Amaral (PSD) sugeriu uma ampla discussão na Câmara, trazendo especialistas para debater as melhores soluções para Valinhos. “É importante para que possamos confrontar pontos de vista e ouvir pessoas que venham trazer possíveis soluções de longo prazo”, concluiu.