Os vereadores cobraram na sessão desta terça-feira (24) ações da Prefeitura e do DAEV para garantir o abastecimento de água à população. Eles aproveitaram a presença do presidente do DAEV, Ivair Nunes Pereira, que foi convidado a falar sobre a situação na cidade.
O vereador Edinho Garcia (PTB) apontou o que chamou de “crescimento desordenado de Valinhos” como um dos motivos para a escassez hídrica. “Está na hora de a gente brecar loteamentos, brecar esse crime imobiliário que está acontecendo em Valinhos por no mínimo 10 anos. Tem que parar (...) A culpa não é da atual administração, vem lá de trás. Quantos loteamentos no município têm de forma irregular?”, questionou.
O vereador Henrique Conti (PTB) lamentou o secamento da lagoa da Fonte Sônia. “A cidade inteira está com suas lagoas secas. Estamos em estresse hídrico total. Não foi por falta de aviso. Quantas e quantas vezes nesses últimos anos viemos avisar aqui?”, perguntou.
O vereador Gabriel Bueno (MDB) disse que a situação é assustadora. “Está na hora de a Prefeitura agir fortemente na conscientização da população. Isso é para ontem”, cobrou.
O vereador Rodrigo Toloi (DEM) discursou dizendo que faltou responsabilidade do Poder Público. “Há 5 meses, nós vereadores falamos que ia precisar fazer racionamento, que ia precisar fazer um trabalho junto à população para conscientizar as pessoas para não gastarem água (...) Agora vão botar bandeira vermelha? Agora não resolve mais o problema (...) Faltou um compromisso maior”.
O vereador Fábio Damasceno (Republicanos) lembrou que apresentou moção no mês de maio, pedindo ações urgentes para evitar que Valinhos sofresse com a crise hídrica, que já estava prevista. “A situação se agravou (...) Moradores estão tendo que comprar caixas d’água de mil litros, 500 litros, tem pessoas que já estão tomando banho de caneca. Então a pergunta que fica é: que futuro queremos para a cidade de Valinhos? Será que é esse que estamos vivendo agora?”, criticou.
O vereador Marcelo Yoshida (PT) relatou que as reclamações de falta d´água nos bairros estão chegando aos gabinetes. “Se nós estamos hoje com falta de água, não foi por falta de aviso. Todos os vereadores aqui, em algum momento, citaram a necessidade de planejamento e comunicação no combate à falta de água no município”.
O vereador Alécio Cau (PDT) criticou a perda de água na rede. “Para que a população tenha uma noção do volume, o que a gente perde por mês é mais do que uma lagoa cheia do CLT. É muita água. Precisamos investir muito mais”, pediu.
O vereador César Rocha (DC) disse que a Prefeitura precisa ouvir quem entende. “Por que não pede opinião? Questão hídrica tá aí o vereador Mayr. Tem o vereador Veiga que entende de questões tributárias. Segurança pública tem a vereadora Simone, que é mestre nisso. Essa é a democracia aqui”, finalizou.
