Vereadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possíveis irregularidades no transporte público de Valinhos durante a pandemia ouviram nesta segunda-feira (14) os secretários Marcio Aprígio, responsável pela pasta de Mobilidade Urbana, e Argeu Alencar, da Secretaria de Assuntos Jurídicos e Institucionais. Na reunião, os parlamentares questionaram pontos do contrato assinado com a empresa Sou Valinhos e pediram informações sobre as tratativas da prefeitura com a concessionária do transporte coletivo.
O secretário de Mobilidade Urbana, Marcio Aprígio, foi quem respondeu a maior parte das perguntas, uma vez que sua secretaria esteve à frente das negociações e é a responsável direta pela fiscalização e operação dos ônibus na cidade. Segundo ele, a empresa já foi notificada para aumentar a frota, mas a resposta dada ao poder público foi de que não havia condições de atender ao pedido por causa do aumento de custos, como o verificado no reajuste do óleo diesel. Mesmo com a negativa, Aprígio informou que uma nova notificação será feita.
O secretário também alertou para um possível colapso no transporte público de Valinhos caso não seja encontrada uma fórmula que não prejudique a empresa e nem o município com seus passageiros. Ao responder os vereadores, ele defendeu uma nova licitação, mas ressaltou que para isso é necessário fazer um estudo de viabilidade econômica-financeira, que, segundo ele, nunca foi feito na cidade.
Durante a oitiva, os vereadores confrontaram pontos do contrato com o que está sendo verificado na cidade e criticaram a aglomeração nos ônibus. O trabalho da CPI continua nos próximos dias e mais pessoas podem ser convocadas para prestar esclarecimentos.
A CPI é formada pela vereadora Simone Bellini (Republicanos), que é a presidente, pelo vereador César Rocha (DC), que é o relator, e pelos vereadores Alécio Cau (PDT), Tunico (DEM), Gabriel Bueno (MDB), Henrique Conti (PTB), Mayr (Podemos), Marcelo Yoshida (PT), Roberson Salame (PSDB) e Thiago Samasso (PSD).
