Os vereadores questionaram e cobraram o secretário da Saúde, Luiz Carlos Fustinoni, durante a sessão desta terça-feira (30), por cerca de 4 horas, levando a sessão até a 0h10. O secretário respondeu a perguntas sobre o combate à Covid-19 no município, procedimentos adotados na rede pública de saúde, evolução da pandemia e também críticas feitas por pacientes que necessitam de atendimento médico. O último boletim divulgado pela Prefeitura registra 692 casos confirmados em Valinhos, sendo 26 óbitos.
Vereadores criticaram a falta de participação de membros do Poder Legislativo em reuniões que discutem números da Covid-19 na cidade e as ações a serem adotadas. Desde o início da quarentena, o presidente da Comissão de Higiene e Saúde da Câmara, vereador Israel Scupenaro (MDB), tem cobrado, por exemplo, a criação de um comitê com representantes dos poderes e da sociedade civil para tratar do tema periodicamente. Ao ser questionado sobre a existência desse comitê, o secretário Fustinoni respondeu que hoje há apenas uma comissão formada com membros do Executivo. A presidente da Câmara, vereadora Dalva Berto (MDB), criticou.
“Nós é quem representamos os 129 mil cidadãos valinhenses. Aqui cada um desses vereadores representa uma fatia dessa população. Foram eleitos e estão aqui. Esse Poder precisa ser respeitado para o bem (...) A Câmara quer saber de tudo. Veja se é possível em um momento como esse tão difícil, nós termos que ficar na sessão, com projetos importantes para a saúde serem votados, e nós estamos há um tempão fazendo perguntas de coisas que nós poderíamos já saber através da comissão e dos membros da comissão de saúde”, afirmou.
Todos os questionamentos dos vereadores e respostas da secretaria da Saúde podem ser assistidos no youtube, no link https://youtu.be/Pc6XxwepYUQ?t=4657.
Projetos aprovados
Para agilizar as ações de combate à Covid-19 no município, os vereadores interromperam por um instante os questionamentos ao secretário da Saúde para votarem dois projetos de lei do Poder Executivo que direcionam recursos ao hospital Santa Casa: uma abertura de crédito adicional suplementar de até R$ 500 mil e outra de pouco mais de R$ 410 mil. Após a aprovação, a Mesa Diretora assinou o documento para que o prefeito pudesse sancionar a lei ainda na manhã desta quarta-feira (1º).