Os vereadores aprovaram por unanimidade, na sessão desta terça-feira (9), projeto de lei que prevê a criação de um programa de curso pré-vestibular gratuito em Valinhos para alunos de baixa renda. A proposta é que as aulas sejam oferecidas por meio de parceria solidária entre a Prefeitura e a comunidade. O texto é assinado pelos vereadores Alécio Cau (PDT), Mônica Morandi (PDT) e Kiko Beloni (PSB) e segue agora para sanção ou veto do prefeito Orestes Previtale (PSB).
De acordo com o projeto, poderão participar do programa alunos que estejam cursando o terceiro ano do Ensino Médio na rede pública, bolsistas em escolas particulares ou pessoas que tenham concluído o Ensino Médio em até 12 meses antes da inscrição no programa. Como critério para seleção, seria adotada a renda per capita mensal do interessado, que não poderá ser acima de 12 Unidades Fiscais do Município, o equivalente a cerca de R$ 2 mil em valores atuais.
A participação de pessoas físicas e jurídicas poderá ser feita com repasse de materiais didáticos, equipamentos, disponibilização de espaço, patrocínio direto ou doações. Alunos de instituições de Ensino Superior poderão ministrar aulas no cursinho e descontar as horas trabalhadas no estágio obrigatório.
O vereador Alécio Cau disse que o projeto visa aumentar as oportunidades de estudo aos estudantes. “Nós sabemos que a universidade pública e gratuita é um direito de todos, mas que, infelizmente, as condições de acesso a elas não são iguais para todos. Esse projeto vem suprir essa deficiência”, afirmou.
O vereador Kiko Beloni discursou dizendo que muitos estudantes sonham em prestar vestibular, mas não possuem dinheiro para pagar um curso preparatório. “Muitas cidades do Brasil contam com cursos pré-vestibulares e o resultado tem sido muito bom, tanto para quem aprende quanto para quem ensina. A educação é essencial para o desenvolvimento do País e Valinhos precisa dar a sua contribuição”.
A vereadora Mônica Morandi lembrou que projeto semelhante já tinha sido aprovado na Câmara, mas foi vetado pelo prefeito na época. "Fiquei surpresa com o veto porque já tem o professor voluntário, já tem o interesse dos jovens, e a ideia era só fornecer um espaço público (...) Acho que agora vai funcionar”, opinou.
Para o vereador Franklin (PSDB), o Poder Executivo não havia entendido a proposta do projeto anterior e por isso o vetou. “Precisamos que o [novo] projeto seja sancionado e depois colocado em prática (...) O projeto é para que o Executivo apoie o programa, apoie os professores voluntários”, disse.
