A constante falta de água em diversos bairros da cidade e a falta de orientação do Departamento de Águas e esgotos de Valinhos (DAEV) foram os assuntos mais debatidos pelos vereadores na sessão da última terça-feira (16/08). O assunto foi levado ao Plenário pelo vereador Lourivaldo Messias de Oliveira, o Lorival (PT), através de um requerimento onde pedia informações ao prefeito Marcos José da Silva (PMDB) sobre os motivos de vários bairros, especialmente os localizados nas partes altas, estarem ficando sem água. “A população esta desesperada por conta dessa situação”, afirmou Lorival ao usar a Tribuna.
Ao indicar alguns bairros como Palmares, Jardim das Figueiras, Jurema, jardim América II, que há mais de 15 dias estão sofrendo com a falta de água, o vereador como Egivan Lobo Correia (PDT), apontou outros bairros, como o Parque Portugal e Parque das Colinas, que estão com o mesmo problema.
Segundo Lorival, não há nenhuma informação informando a população sobre os motivos da falta de água. “Nessa época do ano é difícil convencer quem está sem água há dois ou três dias sobre a solução do problema. O DAEV precisa realizar uma campanha para explicar o que está acontecendo e pedir colaboração no uso da água. A população merece esse esclarecimento”, disse.
O vereador Clayton Machado (PSDB) afirmou estar preocupado com a situação. “Não vi na cidade nenhuma campanha de conscientização”, disse. Segundo ele, a situação está caótica e preocupa muito. “A Prefeitura e o DAEV precisam realizar uma campanha, pois a cidade toda está vivendo esse drama”, lamentou. Clayton ainda lembrou que recentemente a Prefeitura gastou dinheiro com publicidade para falar sobre a saúde e a educação e que agora precisa gastar numa campanha para informar a população sobre a situação.
Para o vereador Henrique Conti (PV) a falta de água em Valinhos é reflexo da falta de planejamento da cidade. “Quero saber se vai ter água para abastecer todos os apartamentos em construção em nossa cidade, dizem que são mais de duas mil unidades”, questiona. Outro a defender que o problema da falta de água atual é reflexo da falta de planejamento foi o vereador Dr. Moysés Abujadi (PTB). “Se esse assunto está chegando aqui na Câmara é porque alguma coisa séria está acontecendo lá fora”, disse em referência às reclamações da população sobre a falta d’água. Para ele a cidade precisa investir mais na produção e na reservação de água. “É um sintoma, precisamos ficar atentos sobre o que está acontecendo”, disse.
O presidente da Câmara, vereador Paulo Montero (PMDB), disse que o caminho de Valinhos é o do desenvolvimento sustentável e que os novos empreendimentos imobiliários caminham nessa direção. Montero lembrou também que a captação de água do Rio Atibaia previa que a água captada, tratada e distribuída para a população atenderia a demanda até por volta de 2014. “Precisamos convidar o presidente do DAE, o engenheiro Rover, para explicar melhor o que está acontecendo”, sugeriu.
Já o líder do prefeito Marcos na Câmara, vereador Israel Scupenaro (PMDB), afirmou que até o próximo sábado, dia 20, a situação deva estar normalizada. Segundo ele, a queda de um eucalipto no Rio Atibaia está prejudicando a captação de água. “O motivo principal é este, mas temos que levar em conta também a estiagem que reduz o volume d’água nos reservatórios e os dias quentes que aumentam o consumo”, disse. Ainda segundo Scupenaro, de 25% a 35% da população está sofrendo com a falta d’água e que na quarta-feira (17/08) um carro de som estaria percorrendo os bairros da cidade para orientar os moradores sobre o problema.