O plenário da Câmara decidiu, durante a sessão desta terça-feira (3), aprovar o relatório da Comissão de Higiene e Saúde que determina o envio do caso da morte da menina Camila, de 9 anos, por suposta negligência médica, ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina. A comissão, presidida pelo vereador Giba (PMDB), não conseguiu informações do hospital Santa Casa e considerou insuficientes as alegações da UPA 24 Horas. O caso estava sendo apurado pela Câmara desde agosto do ano passado.
De acordo com a denúncia da mãe, Zaira Filomena Gatinoni, a menina teria sofrido uma parada cardíaca no hospital Santa Casa pouco tempo depois de ter sido atendida na UPA. A suspeita da médica que a atendeu é que teria havido, no primeiro atendimento, intoxicação pelo uso do medicamento Plasil. A menina teria ainda esperado por vaga na UTI da Santa Casa.
Após ouvir depoimentos, a Comissão de Saúde encaminhou ofício com questionamentos aos Conselhos de Ética da Santa Casa e da UPA. De acordo com o relatório do vereador Israel Scupenaro (PMDB), a Santa Casa não respondeu; já a UPA teria tratado a questão de maneira superficial. Por esse motivo, decidiram encaminhar o caso ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina.
Esse é o segundo caso de morte envolvendo criança que a Comissão de Saúde apura. No ano passado, também foi decidido encaminhar ao MP o caso da menina Maria Roberta, de 8 anos, que teve problemas parecidos no atendimento médico. Atualmente, um outro caso, da menina Ana Júlia, de 15 anos, está sendo apurado pela comissão. Todas as mortes ocorreram no ano passado em um curto período de tempo.
Fazem parte da Comissão de Higiene e Saúde da Câmara os vereadores Giba (presidente), Israel Scupenaro (relator), dr. Pedro Damiano, César Rocha e Dinho.
