A Câmara aprovou, na sessão desta terça-feira (15/12), o orçamento municipal para 2016, com previsão de arrecadação geral de R$ 460,5 milhões. A Prefeitura responde pela maior parte do orçamento: R$ 370 milhões, exatamente o mesmo valor previsto para este ano. De acordo com a peça orçamentária, a prioridade de gastos será nas áreas da Saúde e da Educação.
Uma emenda apresentada pelos vereadores Giba (PDT) e Tunico (PMDB) sugeriu o remanejamento de R$ 900 mil que serão destinados à Festa do Figo para pagamento do subsídio ao transporte de estudantes universitários. A emenda foi rejeitada com 9 votos contrários.
Na tribuna, Tunico defendeu que a emenda ajudaria os estudantes, que ainda não sabem se vão conseguir o subsídio total ao transporte no ano que vem. “Em época de crise, temos que priorizar algumas coisas”, afirmou.
A mesma opinião teve o vereador Giba. “A Festa do Figo é autossustentável. O problema são os grandes shows (...) Fizemos essa emenda pensando nos estudantes, para que eles não deixem de cursar a faculdade ou curso técnico”, completou.
O vereador Dinho (PCdoB) foi um dos vereadores que não concordou com o remanejamento de verbas. Ele disse que a peça orçamentária foi feita por pessoas capacitadas e que não era certo retirar recursos de uma festa tradicional sem consultar a população. Sobre a situação dos estudantes, ele garantiu que o problema será resolvido. “Os estudantes têm prioridade na Administração. Quem esteve presente na reunião com o prefeito pôde ver”, afirmou.
O vereador Lorival Messias (PROS), que também foi contra a emenda, destacou que a Festa do Figo não dá lucro, mas ajuda os agricultores da cidade. “É preciso responsabilidade (...) A emenda retira dinheiro da Festa, deixando pouco mais de 200 mil (...) Em anos anteriores, o orçamento sempre foi maior”, disse.
Com a rejeição da emenda, o orçamento foi aprovado com apenas uma alteração, aprovada por unanimidade, que fixa o repasse do Executivo para o Legislativo em R$ 18 milhões.