O valor estabelecido em contrato firmado entre a Prefeitura e o INASE, que é o instituto responsável por administrar a UPA 24 Horas, foi tema de requerimento apresentado pelo vereador dr. Orestes Previtale (PMDB), na sessão desta terça-feira (17/11). No documento, ele pede informações sobre o valor mensal pago ao instituto, pergunta se os pagamentos estão em dia e se a previsão orçamentária foi adequada para a contratação da empresa.
Na tribuna, o vereador Giba (PDT) defendeu uma revisão do contrato que, segundo ele, está causando prejuízo para a cidade. Ele afirmou que a Prefeitura não está conseguindo honrar com o compromisso assumido e que o valor pago ao instituto é alto. “Atualmente já são R$ 7 milhões em dívidas. Fica nítido que existe uma “gordura” nesse contrato. Como a empresa consegue se manter todo esse tempo sem os pagamentos?”, questionou.
Giba apresentou ainda uma reportagem feita pela TVB Record sobre a demora no atendimento na unidade, promovida pelos próprios médicos em protesto pela falta de pagamento no mês passado. “Não dá para continuar da forma que está”, discursou.
O vereador Lorival Messias (PROS) destacou que a crise orçamentária nos municípios afeta o atendimento, e que a UPA tem sido procurada por pacientes de outros municípios, que sobrecarregam ainda mais a unidade. “Ninguém vinha de fora para ser atendido no CAUE e hoje fazem fila na UPA”, disse. Ele ressaltou que os recursos repassados para a Saúde, vindos de outras esferas do governo, foram reduzidos. “Hoje o Governo Federal não chega a mandar R$ 200 mil para a UPA. Quem tem de arcar é o município”, afirmou.
O vereador dr. Moysés Abujadi (PSD) também discutiu o assunto e disse que os atrasos não atingem apenas o INASE, mas outras prestadoras de serviço da Prefeitura. “Se o pagamento for feito certo, o atendimento é adequado. Não existe “gordura” (...) A UPA foi planejada para atender a população de Valinhos e a acabou atendendo uma demanda regional (...) A situação é ruim em todos os lugares”, pontuou.
Para o vereador dr. Orestes Previtale, o contrato está com o valor alto e o momento é de contenção. “A transferência do CAUE para o UPA seria sair da casa velha para a nova. Naquele momento, a UPA parecia ser interessante. O que aconteceu foi a contratação de uma organização social para a administrar a UPA (...) Esse modelo tem de ser reavaliado”, sugeriu.