Vereadores cobram explicações sobre cardápio da merenda escolar

 

Os vereadores usaram a tribuna, na sessão desta terça-feira (29/9), para questionar e cobrar explicações da Prefeitura sobre as reclamações de pais de alunos sobre a merenda servida nas escolas do município. Dois requerimentos abordando o assunto foram discutidos no plenário, um do vereador Giba (PDT) e outro do vereador Israel Scupenaro (PMDB). Um grupo de pais esteve na Câmara para acompanhar a discussão.

 

O vereador Giba afirmou que o fornecimento de frutas foi interrompido, contrariando lei municipal que garante o produto na merenda. No documento apresentado em plenário, ele pergunta desde quando as frutas deixaram de ser servidas e por qual motivo houve a interrupção. O vereador quer saber ainda a previsão para que a situação seja normalizada. “A Prefeitura não respeita o cardápio da merenda escolar e eu quero saber o que está acontecendo (...) Na Educação não dá para economizar”, afirmou.

 

O vereador Israel Scupenaro (PMDB) disse que a reclamação que recebeu é de que também não há variedade nos alimentos servidos. “As pessoas que nos procuraram dizem que é salsicha, macarrão e pão com manteiga”.

 

Na tribuna, o vereador e presidente da Câmara, Rodrigo Toloi (PDT), afirmou que a situação deixa os pais insatisfeitos. “A Educação não está sendo valorizada. Temos de cortar gastos sim, mas tem de ser na veia. A Saúde e a Educação precisa de investimento”, defendeu.

 

Diante das críticas, o vereador Lorival Messias (PROS) pediu ao presidente que convidasse o secretário da Educação, Danilo Sorroce, e técnicos da pasta para que fossem à Câmara dar explicações sobre o assunto.  “A informação que tenho é que existe problema no fornecimento das frutas, que foram substituídas por suco”, disse. Ele acrescentou ainda que é difícil armazenar os produtos, já que são 25 mil merendas por dia. “Tem uma nutricionista que cuida da alimentação (...) Quem tem de falar o que está acontecendo são os responsáveis”, destacou.

 

O vereador Henrique Conti (PV), autor da lei que garante frutas na merenda escolar pelo menos uma vez na semana, disse que, em breve, com a entrega de um espaço no bairro Santo Antônio, para armazenamento de frutas, haverá a possibilidade de o produto dos agricultores valinhenses ser servido na merenda. “A nossa vontade é introduzir frutas de Valinhos na merenda. Hoje, a Prefeitura não consegue comprar do pequeno agricultor porque não há uma estrutura logística. Em breve, o problema será sanado”, afirmou.

 

A qualidade da merenda escolar de Valinhos foi considerada referência na região, conforme noticiou a Prefeitura em fevereiro deste ano. Segundo especialistas que atuam na cidade, o município é citado em capacitações regionais sobre alimentação escolar e também é apontado como exemplo por fornecedores de alimentos.