Corte no passe escolar gera discussão no plenário

 

Os vereadores discutiram, na sessão de terça-feira (10/3), o corte no fornecimento de passes para parte dos alunos que frequentam as escolas de Valinhos. A discussão foi iniciada com a apresentação de requerimentos pelos vereadores Israel Scupenaro (PMDB), Giba (PDT), dr. Moysés (PSD) e Tunico (PMDB), que pediam explicações da Prefeitura sobre o assunto. Os parlamentares estão preocupados com a segurança dos estudantes, já que, segundo eles, muitos estudam à noite.

 

O vereador Scupenaro disse que moradores do Jardim Pinheiros relatam ocorrência envolvendo um aluno do bairro, que foi agredido no trajeto entre a casa e a escola. Ele afirmou que os pais e alunos não têm aceitado a situação porque o passe escolar já era fornecido há anos. “Se tinha pessoas que utilizava os passes de forma inadequada, como foi informado pela Prefeitura, que fosse cancelado apenas o benefício dessas pessoas e não de todas”, afirmou.

 

No requerimento apresentado pelo vereador Tunico, ele diz que os pais exigem explicações. “O passe é um direito adquirido pela Lei Orgânica do Município”, discursou.

 

O vereador Giba (PDT) disse que é preciso dar condições para que as crianças estudem. Ele criticou a economia que será feita com a suspensão no fornecimento de passes. “A Prefeitura não pode economizar no passe escolar, tem que economizar em outras áreas”, afirmou.

 

O líder do Governo na Câmara, vereador Dinho (PCdoB), explicou que foi realizado estudo para verificar a utilização dos passes. “Tínhamos situação em que o ônibus não passava na rua e o ponto ficava mais longe do que a escola (...) Também tinha gente que vendia os passes”, pontuou. Dinho destacou ainda que o trabalho da Prefeitura está sendo feito “com seriedade e responsabilidade para atender realmente quem precisa”.

 

O vereador Lorival Messias (PROS) defendeu o recadastramento dos alunos. “Se a Administração constatou irregularidades com o dinheiro público era preciso agir (...) Ninguém está tirando o direito de ninguém”. Ele também disse que as pessoas que se sentiram prejudicadas devem procurar a Secretaria da Educação.  “Têm pessoas de boa índole e de má índole. Temos que coibir essa prática. Está sendo analisado caso a caso”, completou o vereador Rodrigo Fagnani “Popó” (PSDB).

 

Após ampla discussão, que seguiu até as 23h, os requerimentos foram aprovados e encaminhados à Prefeitura.