Os vereadores aprovaram, na sessão da última terça-feira, 7, projeto de lei que proíbe o método da gavagem (alimentação forçada de aves por tubo ou funil), em Valinhos. O texto foi apresentado pelos vereadores César Rocha (PV), Henrique Conti (PV), Edson Batista (PSDB), Rodrigo Fagnani ‘Popó’ (PSDB), Paulo Montero (Solidariedade) e Kiko Beloni (PSDB). O projeto foi aprovado por unanimidade e agora segue para ser sancionado ou vetado pelo prefeito Clayton Machado (PSDB).
A polêmica envolvendo a alimentação forçada de aves surgiu em agosto, quando o plenário discutiu projeto de lei que proibia a comercialização e produção do patê de fígado de aves. Na época, os vereadores favoráveis à proibição alegavam que a iguaria, chamada de foie gras, era obtida por meio de crueldade com as aves, que são alimentadas com tubos ou funis até que o fígado delas fique inchado, permitindo maior produção. O projeto, no entanto, foi rejeitado pela maioria dos parlamentares. Segundo eles, o texto não estava redigido de forma adequada.
Dessa vez, os seis vereadores autores do novo projeto deixaram claro que a proibição se refere ao método da gavagem que, de acordo com eles, expõe as aves ao sofrimento. O vereador Dinho (PCdoB), que havia votado contra o projeto do patê de fígado, explicou porque se posicionou a favor do novo projeto. “Agora sim o projeto está correto (...) O projeto anterior não contemplava a reivindicação dos ativistas ao proibir apenas o patê”, discursou.
O vereador Paulo Montero (Solidariedade), um dos autores do projeto que proíbe a gavagem, destacou que os projetos apresentados na Câmara precisam ser bem elaborados. “Por isso fui contra o projeto anterior. Hoje sou um dos autores porque também sou contra essa crueldade com os animais”, explicou.
Os vereadores César Rocha e Henrique Conti (ambos PV) defenderam o projeto sobre o patê de fígado de aves, discutido em agosto. “O projeto estava correto ao proibir a produção do patê. Para conseguir a iguaria, é preciso fazer a alimentação forçada”, afirmou César. “O projeto anterior não foi aprovado, então não restou outra saída senão apresentar esse projeto que proíbe apenas a gavagem”, concluiu o vereador Henrique Conti.