Mudanças na aposentadoria são tema de moção aprovada na Câmara

 

A proposta de reforma da Previdência apresentada pelo Governo Federal, que estabelece regras, como idade mínima de 65 anos para aposentadoria, foi tema de moção aprovada na Câmara na sessão desta terça-feira (7). O documento apresentado pelo vereador Henrique Conti (PV) faz um apelo ao Congresso Nacional contra as mudanças. A moção foi aprovada com um voto contrário do vereador André Amaral (PSDB).

 

Na moção, Conti destaca que a proposta representa redução nos benefícios e, praticamente, acaba com as aposentadorias. “O País passa por um momento de instabilidade política e ações como essas podem ocasionar um retrocesso social incalculável”, afirma. O vereador também se diz preocupado com a situação dos trabalhadores rurais, que serão incluídos na mesma regra dos trabalhadores urbanos. “Como é que um trabalhador rural vai ter emprego depois dos 60 anos? Essa reforma como está é absurda”.

 

O vereador André Amaral (PSDB) se posicionou contra a moção de apelo. Para ele, se não houver reforma, a Previdência Social vai quebrar. “A situação do Brasil é muito diferente da maioria dos países desenvolvidos. Na Coréia, se aposenta com 72 anos”, afirmou. Ele alertou ainda que aqueles que já estão aposentados correm risco de ficar sem o benefício, e os que ainda não se aposentaram podem ficar sem se aposentar devido à quebra do sistema. “Uma moção freando a reforma neste momento é prejudicial. Nós precisamos apoiar o Congresso”, defendeu.

 

O vereador Giba (PMDB) votou favoravelmente à moção, mas pontuou que a reforma é necessária, porém com ajustes. “O rombo da Previdência não vem somente da má gestão. Ao longo do tempo, ela foi sendo sobrecarregada (...) Da forma que está não vai passar porque é um desrespeito ao trabalhador”, discursou.

 

A moção será encaminhada ao Congresso Nacional.