Os vereadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no concurso público do Valiprev (Instituto de Previdência Social dos Servidores de Valinhos) decidiram em reunião realizada nesta quinta-feira (10) ouvir no dia 21 de junho os membros dos conselhos fiscal e administrativo da autarquia. A data da oitiva pode ser reagendada caso a contratação de um serviço de transcrição não seja finalizada a tempo.
Na reunião desta quinta-feira, o presidente da CPI, vereador Alécio Cau (PDT), informou que parte dos documentos solicitados pela comissão já estão disponíveis para análise dos vereadores e que o próximo passo é realizar as oitivas. O relator da CPI, vereador César Rocha (Rede), também leu o relatório feito pela comissão instituída no Valiprev para apurar as suspeitas de irregularidades. O relatório recomenda a anulação do concurso público.
Entenda o caso
A CPI que investiga possíveis irregularidades no concurso público do Valiprev foi aberta no dia 13 de março e teve a assinatura de todos os vereadores. Dez parlamentares integram a CPI: Alécio Cau (PDT), César Rocha (Rede), Roberson Costalonga “Salame” (MDB), Dalva Berto (MDB), André Amaral (PSDB), Rodrigo Toloi (DEM), Mayr (PV), Edson Secafim (Progressistas), Mauro Penido (PPS) e Kiko Beloni (PSB). Os parlamentares alegam haver suspeitas de favorecimento de dois candidatos que foram aprovados em primeiro lugar para os cargos de Analista de Benefícios Previdenciários e Assessor Jurídico. Ambos são parentes do ex-vereador Juninho Andrade, que pertence ao mesmo partido do presidente do Valiprev à época, Wilson Ventura.
No documento de abertura da CPI, eles afirmam que também há dúvidas com relação à idoneidade da empresa INDEC, que foi a responsável pela organização do concurso. Segundo eles, existem processos em outras cidades do interior para apurar a conduta da empresa na condução dos certames.