A Câmara aprovou, na sessão desta terça-feira (29), moção de apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O documento foi assinado por todos os parlamentares, exceto o vereador Léo Godói (PDT), que disse não concordar com o afastamento da presidente. A moção foi proposta pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que também entrou com pedido em Brasília e em diversas cidades do País.
O vereador dr. Moysés Abujadi (PSD) enxerga o impeachment como uma saída para tirar o País da crise. “Estamos à beira de um caos e alguém tem que dar uma saída (...) Acho que tem que ser feito um pacto nacional que envolva vários partidos”, opinou.
Para o vereador Henrique Conti (PV), o governo atual não tem moral para continuar no poder. “O PT está no poder há 13 anos e conseguiu desestruturar o País (...) Qualquer um eu tenho certeza que vai ser melhor do que está”, disse.
O vereador Israel Scupenaro (PMDB) classificou a situação como insustentável. “Quem assumir tem que assumir com uma lição: mudar de comportamento, ter um comportamento correto. O povo tem que apoiar, tem que estar junto, para que a coisa aconteça”, afirmou.
O vereador Léo Godói (PDT), único a não aprovar a moção, defendeu que a moralização deve ser geral. “Acredito que se o Congresso trabalhasse e resolvesse a crise política, sairíamos da crise econômica. Acho que deve haver justiça em todas as partes, não só com quem está no poder. Sou favorável à moralização do País”, justificou.
A moção será encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).