Requerimento apresentado pelo vereador Lorival Messias (PROS), na sessão desta terça-feira (17/11), abriu a discussão sobre a necessidade ou não de continuar com o racionamento de água, em vigor desde fevereiro do ano passado, em Valinhos. No documento apresentado em plenário, o vereador se diz contra o fim do racionamento, já que, segundo ele, a população precisa continuar evitando o desperdício em razão da crise hídrica.
Lorival afirmou que está preocupado com a normalização do abastecimento, anunciado pelo presidente do DAEV, Luiz Mayr Neto, para ocorrer em dezembro. Para ele, seria prudente ouvir primeiro a população sobre o racionamento antes de decretar o fim. “Valinhos foi a primeira cidade a adotar o racionamento e foi exemplo (...) Hoje não vemos mais reclamações sobre a falta de água nos bairros como antes”, lembrou.
O vereador Rodrigo Fagnani “Popó” (PSDB) disse que concorda com o fim do racionamento em dezembro. Ele destacou que é preciso se preocupar com a queda na receita do DAEV, que é reflexo da redução de consumo. “Se pudermos abrir mão do rodízio em um período, como o de chuvas, é oportuno”.
A mesma opinião teve o vereador Paulo Montero (PSDB). “São necessários recursos para dar continuidade aos investimentos do DAEV. A população já fez a parte dela”, discursou.
Recursos hídricos
Durante a discussão do requerimento, os vereadores também falaram sobre as alternativas para enfrentar os períodos de estiagem sem que falte água para a população. O vereador Israel Scupenaro (PMDB) disse que, além de investimentos no tratamento de água, é preciso construir reservatórios de água bruta. “Estamos vivendo uma situação crítica (...) Se não armazenar, não tem água para captar e nem para tratar”, afirmou.
O vereador Léo Godói (PT) lembrou que a Câmara já aprovou moção solicitando a construção de reservatórios na cidade. “Essa é uma recomendação do próprio PCJ (Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí)”, informou.
Fora os reservatórios, o vereador dr. Pedro Damiano (PR) discursou dizendo que é preciso proteger os mananciais e que, infelizmente, a própria população não colabora. Ele citou o exemplo de uma nascente no bairro Portugal que está com lixo. “A população, de uma maneira geral, colabora com essa situação deplorável (...) É um descaso que persiste”, lamentou.
