Os vereadores discutiram, na sessão desta terça-feira (15/9), soluções para evitar enchentes que ocorrem com frequência na Avenida Invernada, próximo à Faculdade Anhanguera. No último dia 8, a chuva forte que atingiu Valinhos fez novamente o córrego que passa no meio da avenida transbordar. O assunto foi levado ao plenário pelo vereador Giba (PDT), que apresentou requerimento questionando sobre os pontos de alagamento registrados na cidade na semana passada.
O vereador defendeu que seja feito o desassoreamento do córrego para retirada dos sedimentos que se acumulam no fundo do curso d’água. Segundo ele, se o serviço tivesse sido feito com antecedência, o prejuízo a moradores, motoristas e comerciantes seria menor. “É preciso, pelo menos, amenizar o problema”, pontuou.
De acordo com o vereador Rodrigo Fagnani “Popó” (PSDB), a questão é mais complexa de se resolver, já que o assoreamento do córrego Invernada é causado por resíduos que vem de vários pontos da cidade. “Ali é uma região baixa, todo o resíduo cai ali e por isso o assoreamento ocorre”, disse. Ele destacou ainda que qualquer intervenção no local necessita de autorização da Cetesb, que é a companhia ambiental do estado de São Paulo.
O vereador dr. Moysés Abujadi (PSD) afirmou que buscou informações da concessionária Rota das Bandeiras - responsável por realizar obras de contenção na bacia do Invernada como forma de reparação aos danos ambientais causados pela construção do eixo leste do Anel Viário José Roberto Magalhães Teixeira - e foi dito que a autorização para mexer na bacia está no Ministério Público. “Enquanto não se fizer o Eia-rima (estudo de impacto), o problema não será resolvido”, destacou o vereador.
A ocupação urbana desordenada na área da bacia do córrego Invernada ao longo dos anos também foi apontada pelo vereador Henrique Conti (PV) como um agravante para o problema. Por esse motivo, ele voltou a falar da importância da discussão e elaboração do Plano Diretor, que define as diretrizes de desenvolvimento do município. “O momento do debate é agora na revisão do Plano Diretor (...) Tudo tem de ser levado em conta”, observou.