A última sessão ordinária de 2013, ocorrida nesta terça-feira (10/12), foi marcada pela homenagem a uma das mais tradicionais famílias de médicos de Valinhos: a família Concon. O dr. Admar Concon Filho esteve no plenário para receber o título de cidadão benemérito, concedido por meio de decreto em 2012. Para encerrar o ano, o coral “Nota na Goela” também fez uma apresentação com músicas natalinas. Cinco projetos de lei foram aprovados na sessão.
Concon é fundador da Associação Médica de Valinhos e, entre as inúmeras ocupações, já participou de atividades importantes no hospital Santa Casa. Ele é formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e realizou residência de Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
O título de cidadão benemérito foi proposto pelo vereador Paulo Montero (Solidariedade). A homenagem foi pela aplicação e desenvolvimento de técnicas aplicadas em cirurgias bariátricas e como reconhecimento à capacidade, dedicação e relevantes serviços prestados pelo médico.
Em seu discurso, Concon afirmou que “ser agraciado com o título foi uma enorme surpresa, honra e responsabilidade”. Sobre a cirurgia inédita realizada pelo médico, em Valinhos, Concon disse que “estava no momento certo, com o paciente certo, na hora certa”. “Quando minha equipe e eu realizamos essa cirurgia, eu não sabia que ninguém a tinha feito”, afirmou o homenageado.
Paulo Montero destacou que o médico leva o nome da cidade para o Brasil e o mundo. “Tenho certeza de que seus filhos vão se espelhar nos pais e nos avós”, discursou o vereador dirigindo-se à família Concon, que acompanhava a sessão. O presidente Lorival Messias de Oliveira (PROS) ressaltou que, na área da medicina, a família Concon é a mais lembrada. “Vocês ajudaram a construir a história da nossa cidade”, disse.
Outros vereadores também se pronunciaram. Para Tunico (PMDB), dr. Concon deu exemplo não só pelo profissionalismo, mas também pelo caráter. Dr. Orestes Previtale (Solidariedade) destacou a força de vontade e o desprendimento do médico que, segundo ele, renderam a homenagem.
Léo Godói (PT), Kiko Beloni (PSDB), Israel Scupenaro (PMDB), dr. Moysés (PSD), dr. Pedro Damiano (PR), Edson Batista (PSDB) e Rodrigo Popó (PSDB) também elogiaram o médico.
Após a homenagem, no intervalo da sessão, o coral “Nota na Goela” encantou o público com músicas natalinas. Regidos pela maestrina Dinamar Dupret, os músicos relembraram clássicos, como “Sinos de Belém”.
Propostas aprovadas
A última sessão ordinária do ano teve cinco projetos de lei aprovados. Entre eles o que concede o pagamento de auxílios financeiros às entidades assistenciais e filantrópicas do município em 2014. O texto reserva mais de R$ 3 milhões para o desenvolvimento de projetos sociais.
O projeto que autoriza a Prefeitura a celebrar convênio com a Associação Mata Ciliar foi aprovado em primeira discussão por 15 votos a 1. O convênio será destinado à realização de ações conjuntas para conservação, preservação e recuperação ambientais.
Além dos projetos, outras dez moções foram aprovadas. O vereador Israel Scupenaro solicitou empenho do prefeito para que crie incentivos para atrair empresas ao município. Henrique Conti (PV) pontuou que já existe região destinada ao polo tecnológico no zoneamento do município, mas que falta criar estrutura para a instalação das indústrias.
O vereador Léo Godói também discutiu a moção de sua autoria que solicita a retirada dos tocos de árvores das ruas do município. Segundo ele, os restos das árvores prejudicam a passagem de pedestres pelas calçadas. O líder do Governo na Câmara, vereador Rodrigo Popó afirmou que no início deste ano havia mais de 2 mil tocos de árvores, mas que após o trabalho da Prefeitura, 1.250 foram retirados. “Uma nova licitação será feita para que o serviço continue”, explicou.
As demais moções que estavam na pauta foram aprovadas.
Habitação popular
O vereador Lorival usou a tribuna, nesta terça-feira, 10, para informar sobre a resposta que teve do requerimento que pede informações sobre a denúncia no Ministério Público contra a construção de moradias populares. De acordo com a Prefeitura, a Associação Civil Eco Vida Ambiental é a autora da denúncia.
O que chamou a atenção dos vereadores é que a associação pode estar em situação irregular. Documento recebido pelo vereador Lorival indica que não existe ata de eleição para a diretoria da associação, o que significa que a diretoria estaria com o mandato vencido. Mesmo assim, a Eco Vida Ambiental teria indicado membros para participar dos Conselhos Municipais, o que não é permitido nessa situação.
O vereador Dinho (PCdoB) se disse surpreso com a informação e fez críticas ao Ministério Público. “O MP não poderia ter recebido denúncia contra as moradias populares de uma associação que está irregular”, afirmou.
Lorival falou que para ele não há surpresa. “Um representante da associação já entrou com ação no passado para impedir a construção de casas populares em outra região”, disse.
O vereador Paulo Montero alertou que se não existe ata de eleição da diretoria, mas existe presidente à frente da Eco Vida Ambiental, pode ser caracterizado o crime de falsidade ideológica. “Temos que perguntar quais providências a Prefeitura vai tomar neste caso”, afirmou.
Dr. Moysés completou dizendo que “essa discussão toda é porque o projeto é para os mais pobres”. “Se fossem moradias para os ricos, não haveria questionamento no Ministério Público”, discursou.
O vereador Léo Godói apresentou cópia da ata de eleição que teria ocorrido em 2011. Segundo ele, a diretoria não está irregular. Ao ser questionado se a ata foi registrada em Cartório, o vereador disse que não tinha essa informação.
R$ 800 mil
O vereador Lorival anunciou que conseguiu R$ 800 mil para Valinhos. O recurso foi possível graças ao empenho do vereador junto ao deputado Salvador Zimbaldi (PROS-SP). A verba será destinada para obras de infraestrutura.
Recesso
Os vereadores entraram em recesso parlamentar e as sessões ordinárias voltam a ser realizadas no dia 4 de fevereiro. O recesso está previsto no Regimento Interno da Câmara, no artigo 76.
Em casos excepcionais, o presidente da Câmara pode convocar sessão extraordinária para ocorrer a qualquer momento.
