A Câmara aprovou, por unanimidade, uma moção de apelo, de autoria do vereador Fábio Damasceno (PMDB), que solicita um novo convênio entre a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e as casas lotéricas para o recebimento de contas de energia.
A moção foi amplamente discutida no plenário e gerou indignação dos vereadores, pois poucos estabelecimentos da cidade estão autorizados a receber o documento. De acordo com o site da companhia, Valinhos possui somente 15 pontos de recebimento espalhados pelo município, sendo seis no centro; dois no Santa Maria; e uma unidade nos seguintes bairros: Parque Portugal, Apaga Fogo, São Bento, Nova Itália, Nova Suíça, Santa Gertrudes e Vale Verde.
O vereador Fábio Damasceno explicou que a população está enfrentando transtornos para pagar a conta de energia, pois não sabem os locais de recebimento. “Há de se considerar também a falta de infraestrutura adequada para receber o cidadão. Em alguns desses locais não há atendimento preferencial para idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais”, considerou.
Embora o sistema intitulado CPFL Total inclua na rede de recebimentos pequenas lojas nos bairros, o vereador argumentou que nem todos os pontos funcionam com a eficiência desejada e têm horários limitados. “Diferente das lotéricas, que já fazem parte de uma cultura e funcionam em horários alternativos”, justificou Damasceno.
Os vereadores Clayton Machado (PSDB), Dalva Berto (PSDB), Aguiar (PMDB) e Lorival (PT) também se pronunciaram a favor do recebimento pelas lotéricas, tema também muito debatido na primeira reunião do Parlamento Metropolitano, realizada no último dia 16, em Indaiatuba. Na ocasião, Lorival argumentou, ainda, que o processo implantado pela CPFL é uma inversão de valores. “Nunca vi a população ter que implorar para pagar suas contas e ter que procurar o local ideal para realizar o pagamento, uma vez que há postos que desistem do credenciamento meses após o início da parceria com a CPFL”.
O presidente Paulo Montero (PMDB), além de encaminhar a moção à CPFL, sugeriu que também fosse encaminhada cópia à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).