Os vereadores se posicionaram favoravelmente à construção de apartamentos populares para a população de baixa renda em Valinhos. Na sessão desta terça-feira (15/4), eles se mostraram preocupados com a tentativa de grupos políticos que agem na cidade e que pretendem barrar o projeto na Justiça. O presidente do Legislativo, vereador Lorival Messias de Oliveira (PROS), garantiu que a Câmara não vai ficar parada diante dos fatos e criticou quem faz de tudo para impedir o sonho da casa própria.
Lorival é autor do requerimento, aprovado pelos demais vereadores, que pede informações sobre os processos de loteamentos de alto padrão e condomínios fechados protocolados na Prefeitura e no DAEV desde 2005. A intenção do vereador é verificar se a aprovação desses empreendimentos foi questionada com a mesma frequência com que são as moradias populares.
O vereador também esclareceu que a Câmara não aprovou construção de condomínios de luxo na Serra dos Cocais, como é ventilado em abaixo-assinado distribuído na região central. Ele destacou que o projeto aprovado no ano passado, na Câmara, é para beneficiar os mais pobres, que há anos lutam por moradia.
O líder do Governo na Câmara, vereador Rodrigo Popó (PSDB), chamou a tentativa de barrar as moradias populares na Justiça de “politicagem leviana e barata”. Já o vereador Dinho (PCdoB) classificou como “covardia” usar “pessoas humildes como bode expiatório para fazer política”.
Por outro lado, o vereador Léo Godói (PT) afirmou que apresentou projeto de lei para restabelecer trecho da lei 3.841/2004, que dispõe sobre a exigência de EIA-RIMA - Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente – para todos os empreendimentos do município. Segundo ele, a alteração no Plano Diretor possibilitou a liberação de qualquer empreendimento sem estudos de impacto ambiental. O projeto foi arquivado e encaminhado à Prefeitura em forma de minuta.
Os demais vereadores discordaram e garantiram que todos os projetos de novos empreendimentos passam pela Câmara. “A Serra dos Cocais é área rural. Qualquer mudança no zoneamento é discutida no Legislativo”, completou Lorival.