CPI da Covid ouve mais duas pessoas para apurar irregularidade na gestão da pandemia

#PraCegoVer: Foto mostra os vereadores Gabriel Bueno, Rodrigo Toloi e César Rocha sentados na mesa principal do plenário, ouvindo a ex-diretora Ana Maria Desti Júlio.

 

A CPI da Covid em Valinhos, que apura supostas irregularidades na gestão da Prefeitura na pandemia, ouviu mais duas pessoas na tarde desta quarta-feira (1º). A comissão busca respostas para identificar os responsáveis por deixar vencer testes de Covid-19. A informação é de que 680 testes foram comprados e não foram usados na população.

 

A ex-diretora Ana Maria Desti Júlio, que assina a requisição de compra dos testes e também o Termo de Referência com as especificações dos produtos, informou que todo o processo foi acompanhado por um grupo de médicos, mas não soube dizer por que a requisição de compra foi alterada. Na semana passada, em depoimento à CPI, a farmacêutica Vânia Peretti afirmou que a compra teria sido alterada para a aquisição de um produto mais barato e menos eficaz, não seguindo uma recomendação informal que teria sido feito por ela na época à técnica de farmácia Carla Cester.

 

Para entender melhor a situação, a CPI também ouviu Carla nesta quarta-feira. Ela disse que solicitou orçamento para compra de testes a pedido do ex-diretor dela, Jorge de Lucca, que também já foi ouvido na CPI. Segundo Carla, o processo foi encaminhado para o Setor de Licitações, mas posteriormente ficou sabendo que o processo tinha sido cancelado, e que não participou do segundo pedido de compra.

 

Os testes venceram no início deste ano. Em defesa na CPI, a atual secretária da Saúde, Carina Misságlia, informou que os testes comprados na gestão passada não eram eficazes e que já havia opções mais seguras no mercado.

 

A CPI é presidida pelo vereador Rodrigo Toloi e tem César Rocha (DC) como relator. Também fazem parte os vereadores Alécio Cau (PDT), André Amaral (PSD), Edinho Garcia (PTB), Gabriel Bueno (MDB), Mayr (Podemos) e Marcelo Yoshida (PT).