Vereadores cobram mais ônibus circulando e presidente vai convidar secretário de Mobilidade Urbana para próxima sessão

#PraCegoVer: Foto mostra o plenário da Câmara visto de cima, com os vereadores sentados em seus lugares.

 

Os vereadores cobraram na sessão desta terça-feira (23) mais ônibus circulando nos bairros de Valinhos para evitar aglomeração nos veículos. A discussão foi iniciada com requerimento do vereador Fábio Damasceno (Republicanos) que abordou a falta de ônibus para atender a região do bairro Peixe Frito. Ao usar a tribuna, Damasceno criticou a redução da frota na cidade e pediu entendimentos com a concessionária do transporte público. Vários vereadores discutiram o assunto e um convite será encaminhado pela presidência ao Secretário de Mobilidade Urbana, Marcio Luiz Aprigio, para que ele compareça na próxima sessão.

 

Ao discursar, o vereador Fábio Damasceno defendeu a presença do secretário de Mobilidade Urbana na sessão da semana que vem. “É um convite para nós debatermos essa situação e termos resposta para a população”, disse.

 

O aumento das internações, com 100% das UTIs da cidade ocupadas, e a necessidade de se frear o avanço da Covid-19 também levou vereadores a apresentarem projetos de lei e moções para garantir a segurança da população.

 

A vereadora Simone Bellini (Republicanos), por exemplo, protocolou projeto de lei proibindo diminuir a frequência dos ônibus durante os momentos de pico, enquanto houver pandemia. A proposta também estabelece que pelo menos 95% das linhas e horários de ônibus devem ser mantidos no restante do dia. O vereador Franklin (PSDB) também protocolou moção pedindo que os ônibus voltem a funcionar nos horários normais e com 100% da frota.

 

Franklin, que preside a Câmara, lembrou ainda que a discussão da frota de ônibus é recorrente no Legislativo e criticou a concessionária do transporte público. Segundo ele, todos tiveram de arcar com prejuízos na pandemia, menos a empresa que opera os ônibus.

 

“Entidades tiveram que sentar, rediscutir contratos. As escolas e creches, tanto as contratadas quanto as conveniadas, tiveram um corte de 30% nos seus contratos. As empresas de transporte de universitários também tiveram seus contratos paralisados porque não tem a prestação do serviço. Só a SOU Valinhos não terá nenhuma interferência? Que não diminuiu o valor da tarifa, não diminuiu nada, só diminuiu o número de ônibus coletivos para não ter prejuízo?”, questionou. Para Franklin, essa é uma questão que deverá ser discutida pela atual Administração e pelo Legislativo.

 

O vereador Edinho Garcia (PTB) destacou que sempre recebe reclamações com relação aos ônibus. “Tenho certeza de que todos os vereadores também recebem. Acho que a Administração tem sim que ser mais rígida com relação à empresa. Fazer com que ela, em vez de diminuir os ônibus, amplie para acabar com a aglomeração”, afirmou.

 

“Tem um contrato e o contrato tem de ser cumprido (...) É preciso que tenha ônibus até extras nos horários de pico”, completou o vereador Mayr (Podemos).

 

Os vereadores André Amaral (PSD), Henrique Conti (PTB) e Marcelo Yoshida (PT) também discutiram o tema.