Secretária faz diagnóstico da saúde pública durante sabatina com vereadores

Veja as demais proposituras aprovadas na sessão da última terça

 

A secretária de Saúde, Cristina Fiore, esteve na tribuna, na sessão desta terça-feira (11/06), para falar das ações e dos desafios à frente da pasta. A sabatina com os vereadores durou mais de duas horas, tempo suficiente para a secretária discorrer sobre a terceirização do Laboratório Municipal, a construção da UPA – Unidade de Pronto Atendimento – no Bairro Lenheiro e a superlotação no CAUE – Centro de Atendimento de Urgências e Especialidades. 
 
Durante seu discurso, dra. Cristina ressaltou o convênio da Prefeitura com o hospital Santa Casa, que vai agilizar a realização de cirurgias eletivas, e que segundo ela, vai zerar a fila de espera na rede pública. A secretária também falou do atendimento a pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde – no hospital. “Quem procurar a Santa Casa vai receber o atendimento adequado em caso de urgência”, frisou.
 
O vereador Lorival (PT) questionou a secretária dizendo que tem conhecimento de casos em que pessoas foram procurar a Santa Casa e, mesmo com a carteirinha de convênio médico, não foram atendidas. O hospital alegou que para realizar a consulta, o paciente teria que apresentar o cartão do SUS. “Precisamos esclarecer esses pontos porque me parece que até quem tem convênio encontra dificuldades na Santa Casa, então imagine quem não tem”, observou o vereador. Dra. Cristina explicou que a exigência pelo cartão do SUS segue determinação da ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar.
 
O vereador dr. Moysés Abujadi (PSD) também falou do atendimento na Santa Casa. Segundo ele, “as portas do hospital continuam fechadas, diferentemente do discurso da Secretaria de Saúde”. “Quem não tem convênio, continua andando no caminho entre o CAUE e a Santa Casa”, destacou. Dra. Cristina discordou do posicionamento do vereador e disse que os pacientes de urgência e aqueles que são encaminhados pelas unidades básicas de saúde ou pelo CAUE são atendidos, normalmente, na Santa Casa. “Se isso não tiver ocorrendo, as pessoas prejudicadas devem procurar a Diretoria de Suporte ao Usuário, da Secretaria de Saúde”, recomendou. O vereador Rodrigo Toloi (PDT) também criticou o atendimento no CAUE.
 
Sobre o processo de terceirização do Laboratório Municipal, o vereador dr. Orestes Previtale (PMDB) disse que “faltou planejamento”. Ele pontuou que são necessários estudos para que a terceirização não comprometa a qualidade do atendimento. Léo Godói (PT) questionou sobre a reestruturação da carga horária dos profissionais da Saúde, o que segundo a secretária, já está andamento, com estudos técnicos e jurídicos. Veiga (DEM) falou dos problemas enfrentados por pacientes que precisam de transporte para hospitais da PUC e da Unicamp. “Quanto ao transporte, não é para existir nenhuma dificuldade, pois não houve alteração”, respondeu dra. Cristina, lembrando que as reclamações devem ser feitas na Diretoria de Suporte ao Usuário.
 
 
UPA
 
A secretária de Saúde, Cristina Fiore, falou dos benefícios e da ampliação no atendimento que vão ocorrer assim que as obras da UPA, do Bairro Lenheiro, forem concluídas. No entanto, ela ponderou o discurso dizendo que a unidade ainda carece de estrutura física adequada. De acordo com ela, faltam espaços para estacionamento de ambulâncias e para o laboratório.
 
O vereador dr. Pedro Damiano (PR) perguntou como a secretária vai inserir a UPA no sistema municipal de saúde. “Quero saber quando a saúde vai andar”, indagou. Lorival se mostrou preocupado, já que a UPA recebeu recurso público federal. “Ouvir que há erros de planejamento na construção da unidade é inadmissível”, disse.
 
 
Medicamentos
 
O vereador Israel Scupenaro (PMDB) abordou o tema da falta de remédios na rede pública. Segundo ele, muitas pessoas reclamam que não têm acesso ao medicamento gratuito. A secretária Cristina Fiore disse que não tem conhecimento da falta de remédios e que casos pontuais devem ser levados ao conhecimento da Secretaria.
 
Lorival sugeriu plantão no CAFFI - Centro de Atendimento Farmacêutico e Fisioterápico – para distribuição de remédios também aos domingos e feriados prolongados. “O paciente que não tem condições financeiras recebe a receita médica, mas fica sem o remédio”, alertou.

 
Elogios
 
Os vereadores Kiko Beloni (PSDB) e Rodrigo Popó (PSDB) elogiaram o trabalho da secretária. Segundo eles, os desafios da pasta são grandes, mas confiam que eles serão superados com o trabalho sério desenvolvido na Secretaria.
 
O vereador Paulo Montero (PMDB) sugeriu que seja feita uma pesquisa para avaliar o atendimento na saúde. “Ás vezes criticamos muito, mas seria bom se tivéssemos uma pesquisa para saber o que pensa a população”, disse.

 
Matérias aprovadas
 
Além da sabatina com a secretária de Saúde, os vereadores aprovaram dois projetos de lei e nove moções. Entre os projetos, destaque para o do vereador Lobo (PDT), que obriga estabelecimentos comerciais a informarem aos clientes que o pagamento da taxa de serviço não é obrigatório. O projeto depende, agora, da sanção do prefeito para virar lei.
 
Entre as moções, foram aprovadas a do vereador Dinho (PCdoB), que pede o alargamento da Estrada dos Jequitibás; a do vereador César Rocha (PV), que solicita acesso à lista de presos foragidos para a Guarda Municipal; a do vereador Kiko Beloni, que requer a construção de uma rotatória ou de outra melhoria na Rodovia dos Agricultores; e a do vereador Tunico (PMDB), que apela para a iluminação noturna de pelo menos uma praça esportiva do município. Todas foram aprovadas por unanimidade.