Os vereadores elaboraram um documento formalizando pedido de reunião com o prefeito Orestes Previtale (DEM) para que seja aberto diálogo com os representantes do comércio em Valinhos. Na segunda-feira (27), os parlamentares receberam associações que representam a categoria e viabilizaram um encontro entre o chefe do Executivo e presidentes das associações para discutirem propostas para reabertura de parte do comércio, de forma gradual e segura. No entanto, a reunião foi desmarcada pelo prefeito, sem agendamento de nova data.
Durante a sessão desta terça-feira (28), os vereadores lamentaram o cancelamento da reunião.
A presidente da Câmara, vereadora Dalva Berto (MDB), disse que os parlamentares ficaram indignados. “Alguns dos vereadores entraram em contato comigo indignados de não serem recebidos, de a Câmara não ser recebida para o diálogo. Essa é nossa obrigação. É ouvir, dialogar e aí então discutir o problema que não é de um e nem de outro, é de todos (...) Lamento profundamente. Essa Casa tem buscado o diálogo com o Executivo em um momento tão difícil pelo qual estamos vivendo (...) Essa Câmara representa a cidade. Temos responsabilidade”, afirmou.
O vereador André Amaral (PSD) também lamentou o cancelamento da reunião. “É triste entendermos que precisamos formalizar um ofício (...) Nós precisamos sentar e dialogar. Abrir espaço para soluções criativas, para se pensar junto. Ainda que não seja a melhor solução, precisamos mesmo assim ouvir”.
O vereador Mayr (Pode) destacou que a intenção não é abrir o comércio já, desrespeitando o decreto estadual, mas discutir uma futura liberação. “A Prefeitura tem que ouvir os comerciantes e junto fazer uma estratégia futura de flexibilização. É de vital importância esse diálogo para dar uma tranquilidade a eles. Vinte e dois comércios já fecharam as portas e o desemprego é grande”.
O vereador Mauro Penido (Cidadania) defendeu a harmonia entre os poderes. “Não existe o Executivo sozinho e nem o legislativo sozinho. A gente, infelizmente, não está contando com a colaboração do prefeito, principalmente em um momento tão duro pelo qual a sociedade está passando”, destacou.
O vereador Franklin (PSDB) também falou da harmonia entre os poderes. “Essa Casa nunca negou ao prefeito o diálogo, mas o mesmo não é verdadeiro. Não admito que o prefeito trate os 17 vereadores da maneira que está tratando. Faço um coro para que nós nos unamos cada vez mais e a Câmara dê a resposta trabalhando e mexendo naquilo que ela pode”, concluiu.
