Câmara aprova remanejamento de verbas para desapropriações no prolongamento da Joaquim Alves Corrêa

#PraCegoVer: Foto mostra o plenário da Câmara visto de cima, com os vereadores sentados em seu lugares e parte do público assistindo à sessão.

 

Os vereadores aprovaram por unanimidade na sessão desta terça-feira (10) o remanejamento de verbas solicitado pelo Poder Executivo para pagamento de desapropriações na área onde deverá ser feito o prolongamento da Avenida Joaquim Alves Corrêa até a cidade de Vinhedo. A aprovação da Câmara foi necessária porque o Orçamento de 2020 não previa esse investimento. A abertura de crédito adicional soma pouco mais de R$ 3,7 milhões.

 

A estimativa de investimento em todo o projeto de prolongamento da avenida é de cerca de R$ 10 milhões, e a Prefeitura vai utilizar recursos que recebeu no final do ano passado no leilão do Pré-Sal para custear parte da obra. Segundo o Executivo, a estimativa é de conclusão dos serviços ainda este ano.

 

O vereador César Rocha (Rede) comemorou a aprovação do projeto. “É uma avenida importantíssima. Vai trazer desenvolvimento e privilegiar em torno de sete bairros. Vamos desafogar todo o trânsito da Avenida Paulista, Rodovia dos Andradas (...) Estamos comprando, indenizando uma área que vai pertencer à municipalidade, com dinheiro da nossa cidade”, afirmou.

 

O vereador Giba (MDB) explicou que a aprovação pela Câmara ainda não tinha ocorrido porque os parlamentares aguardavam resposta do Executivo para alguns questionamentos. “Estamos dando o nosso voto de confiança para que o prolongamento seja realizado o mais rápido possível (...) É uma obra aguardada há muitos anos e eu quero parabenizar a Administração, se essa obra realmente sair do papel”, disse.

 

O vereador Aguiar (PSDB) discursou dizendo que a função da Câmara é facilitar para que o Executivo faça o seu trabalho. “A função dos vereadores aqui é autorizar que essa verba saia dos cofres para pagar as indenizações. Então a nossa função não é segurar o projeto, é facilitar que o Executivo faça o trabalho dele. Se vai fazer ou não, já não é problema da Câmara. Vamos trabalhar a favor da população”.

 

O vereador Kiko Beloni (PSB) se disse que preocupado com a realização da obra. “Uma obra tão grande quanto essa será realizada? Tem tantas outras coisas pequenas, como UBS, outras que sempre comentamos, e que ainda não foram realizadas (...) Somos representantes da população e vamos dar esse crédito para que isso possa acontecer”, afirmou.

 

Em discurso, o vereador Alécio Cau (PDT) disse acreditar que a obra não sairá este ano, como alegado pela Prefeitura. “O engenheiro veio aqui, não existe projeto executivo, não existe previsão de licitação para contratar empresa que vai fazer o projeto, quem dirá licitar essa obra depois. Vira e mexe estamos reclamando o quanto demora um processo de licitação, que é mais de 90 dias. Uma obra desse porte, com tanto dinheiro envolvido, desapropriação, ação judicial e tudo mais, e a promessa de que vai sair no curto prazo (...) Infelizmente, não tenho a menor crença que essa obra da Joaquim Alves Corrêa saia este ano”, concluiu.

 

“Espero e desejo que o Executivo realmente realize essa obra, tão importante para a nossa cidade, com muita responsabilidade e compromisso com o nosso município. Não é uma obra que depois você pode ficar corrigindo (...) Vamos fazer com responsabilidade. É o que eu espero que aconteça”, finalizou a presidente da Câmara, vereadora Dalva Berto (MDB).