Vereadores pedem esclarecimentos sobre possíveis irregularidades no concurso do Valiprev

 

Os vereadores aprovaram, na sessão desta terça-feira (20), requerimento que pede informações sobre possíveis irregularidades no concurso público realizado pelo Valiprev, que é o instituto de previdência dos servidores públicos de Valinhos. O concurso está suspenso desde dezembro após o Conselho Fiscal da autarquia receber denúncias anônimas envolvendo a aprovação supostamente fraudulenta de candidatos.

 

O requerimento com o pedido de informações mais detalhadas sobre a contratação da empresa INDEC, responsável pela organização do concurso, foi feito pela bancada do MDB na Câmara: vereadores Israel Scupenaro, Dalva Berto, Giba e Roberson Costalonga “Salame”. Para eles, a denúncia é grave e precisa ser apurada com rigor.

 

A vereadora Dalva Berto disse que os vereadores foram procurados por moradores e por funcionários do Valiprev, que cobram providências. “A denúncia é séria, grave. Concurso público não pode ser fraudado em hipótese alguma e nós vamos estar em cima”, afirmou.

 

Após a denúncia de irregularidades, o vereador Giba disse que a situação do atual presidente do Valiprev, Wilson Ventura, ficou insustentável. “Entendo que o presidente do Valiprev perdeu sua capacidade de estar à frente da autarquia”, opinou.

 

Giba defendeu ainda que os concursos públicos sejam organizados por empresas grandes, que possuem conhecimento mais aprofundado sobre os procedimentos corretos. Ele citou como exemplo o último concurso realizado pela Câmara Municipal. “Esta Casa fez um concurso público para preenchimento de 19 vagas (...) A comissão que organizou fez um excelente trabalho. A Câmara contratou uma empresa com know-how, uma empresa grande. E nós vimos que a Valiprev contratou uma  empresa desconhecida, em que os proprietários têm problemas judiciais”, discursou.

 

O vereador Alécio Cau (PDT) também elogiou a organização do concurso da Câmara. “O INDEC tem praticamente 10 anos de existência, enquanto que a Vunesp tem quase 40 anos. Por aí dá pra ter dimensão do know-how que a empresa tem”, observou.

 

Para o vereador Mayr (PV), os vereadores precisam tomar uma atitude. Em discurso, ele chegou a sugerir a instalação de uma CPI na Câmara para apurar os fatos. “A CPI é muito importante porque aí vamos ouvir as pessoas envolvidas, a empresa, o Valiprev. É obrigação nossa fazer isso. O Valiprev é um patrimônio dos funcionários que não pode ser delapidado”, disse.

 

O vereador e presidente da Câmara, Israel Scupenaro, explicou que o pedido de abertura da CPI deve ser assinado por no mínimo seis vereadores e que a Câmara está à disposição para dar todo o suporte necessário. Sobre o concurso da Câmara Municipal, ele destacou que tudo foi feito com lisura. “Aqui na Casa não passamos por um momento assim. Já estamos chamando as pessoas do concurso e pretendemos, com muita rapidez, chamar todos que passaram”, concluiu.